Perpassou uma aragem bafienta de túmulo, aquando do
arquivamento da tal queixa de sabotagem que a senhora que ao que parece é
ministra da Justiça, interpôs no tribunal, por causa da barracada da plataforma
da Justiça. Todo o processo tem a cara da senhora ministra e a cara deste
governo.
Foi tudo atabalhoado, feito sem regra, num daqueles
habituais espectáculos de competência duvidosa a que este governo já nos
habitou ao longo destes longos três longos anos que já leva de pretensa
governação.
O alarido e a fanfarronice que a alegada ministra da
Justiça colocou quando veio à televisão encher a boca com aquelas frases
típicas, da maralha politiqueira, quando quer fazer barulho e quando nos quer
fazer crer que efectivamente está a fazer alguma coisa, deu lugar a um lacónico
e simples “…quero lá saber do arquivamento…”, realmente quem viu na
quarta-feira passada a senhora pretensa ministra da Justiça a responder
cabisbaixa e quase muda, às questões dos parlamentares da oposição, não
acredita que é a mesma pessoa que há umas semanas apareceu de supetão a clamar
aos quatro ventos pela necessidade de apurar responsabilidades, de ir até às
últimas consequências e que vão rolar cabeças e demais barbaridades que lhe
ouvimos.
A mui digna de dó suposta pretensa ministra da
Justiça, poderia ter evitado mais uma vez ter feito esta degradante figura
triste, bastava ter assumido a culpa de tudo em seu nome e em nome de um
Governo igualmente culpado, pedido desculpas sinceras, não aquela coisa
encenada a contra gosto, depois deveria ter dado tempo aos técnicos para testar
a plataforma e perceber os erros, claro que o melhor teria sido pensar e fazer
as coisas com tempo e ponderação, mas isso é esperar demais para um simples
ministro.
Agora só fica uma coisa por esclarecer, que é a
seguinte: Porque é que dois meros funcionários administrativos, vão chefiar uma
área tão sensível e tão exigente em competências técnicas, que ao que parece
nenhum dos dois possui, quem são estes senhores, que qualidades extraordinárias
possuem, para passarem de simples mangas de alpaca para a gestão de algo tão
complexo como seja director do Departamento de Arquitectura de Sistemas e coordenador
do Núcleo de Arquitectura e Sistemas de Informação para a Área dos Tribunais, o
que se esconde por detrás destas nomeações?
Ou será que toda esta manobra de gritos histéricos de
sabotagem serviu apenas para cobrir a nomeação de dois camaradas de partido,
para um dos habituais tachos e que como correu mal, temos de os despachar e
esconder? Há demasiado por explicar, sendo que incompetência e falta de
intelecto parecem ser consensualmente duas falhas mais que evidentes.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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