De volta para o regaço laboral, pelo menos até Dezembro, volto com o mesmo país de merda que deixei há um mês, porque será que ano após ano os temas são recorrentes, este país não tem absolutamente crédito nenhum, ano após ano, ele é incêndios, baldrocas jurídicas, assaltos e cretinices em bairros sociais, tudo regado com pessimismos e optimismos imbecis dos galarós da situação e da oposição.
Ano após ano vegetamos entre as euforias futeboleiras e as alegorias profanas da miséria humana retocadas com o merdum primevo do ab inicio da estúrdia em que isto anda, ah Afonso, Afonso, pudesse eu dar-te uma vintena de tabefes, grande velhaco! Quantas vezes te disseram que não se bate na mãe!
Eufóricos os eunucos lusos, atiram-se como gato a bofe à vidinha medíocre do dia-a-dia ufano, preparam o tempo de depressão a invernal frieza dos números, manipulados, diz que Portugal cresce, só se for na egocêntrica e despropositada vaidade de alguns alucinados, só se for na impossível, na cada vez mais impossível esperança de que esta imundice chegue a algum lado.
Este país é uma desgraça, mais uma, pegada a este mundo, um rincão de estrume à beira mar plantado, onde uma cáfila de camelos cretinos, um rebanho de carneiros capados, se recusa a tomar conta do seu destino e a defender os seus, mantendo a atitude passiva do bicho sacrificial imolado no altar da cobiça e da velhacaria que se instalou neste pardieiro.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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