quarta-feira, setembro 22, 2010

Uma questão de Chefes

Um destes dias, ficamos a saber que a CP a TAP e a Refer possuem no seu conjunto cerca de 525 chefes, sendo que a CP é o campeão dos chefes com um chefe para cada 16 funcionários, é tal e qual as forças armadas onde existem 70 ou 80 generais no activo mais uns 130 ou 150 na reserva ou seja o equivalente a possuirmos um exército de um milhão e tal de homens, actualmente possuímos se tanto uns 40 mil se tanto.
E quanto custam os 525 chefes das três empresas públicas referidas, ora fazendo umas contitas baseadas nos salários médios dos camaradas, chegamos ao número mágico de 30 milhões de euros anuais. Sim leu bem caro amigo, considerando que o ordenado médio destes 525 chefes é de 4 mil euros, ao fim de um ano cada um recebe 56 mil euros, se multiplicarmos esse número por 525 obtemos o fantástico número de 30 milhões de euros esbanjados em criaturas que vivem em empresas atoladas em prejuízos.
Não estão sequer contabilizadas as alcavalas e mordomias que esta rapaziada embolsa, carros, combustíveis, ajudas de custo, despesas de representação, deslocações, hotéis, telefones, cartões de crédito, almoços e jantaradas e por aí adiante, a contabilidade é muito mais atroz, mas só por este número estimado por baixo, se percebe realmente onde está o monstro o tal que sua Excelência o Senhor Presidente da Republica aludiu entre uma mordiscada de bolo-rei e mais um devaneio marítimo.
E isto são factos relativos apenas a três empresas, agora imaginem se contabilizarmos os 18 governos civis que não servem para nada, as centenas de institutos da treta e de fundações fandangas mais as centenas de buracos esconsos da burocracia alimentada pelo sistema da partidocracia dominante que para lá nomeia os seus apaniguados ao sabor da oscilação entre ser da situação ou ser da oposição, ao fim e ao cabo são milhares de entidades cheias de chefes e assessores de carros, motoristas e secretárias. É este polvo gigantesco, esta vaca sagrada na qual todos mamam, da esquerda à direita, que importa emagrecer.
Se por ventura na CP, na TAP e na Refer, apenas existem 260 chefes ou seja metade, as empresas continuariam a dar prejuízo, continuariam a funcionar mal, mas o Estado teria mais 15 milhões de contas para contratar, por exemplo 30 mil Assistentes Operacionais para as escolas, por exemplo 7500 professores, por exemplo 12 mil enfermeiros, por exemplo 15 mil polícias. É por isso que eu acho que andamos a dormir na forma, entupidos de mentirolas, intoxicados por uma comunicação social mentirosa, por politiqueiros medíocres, por gentalha miserável que vive do ócio com gravatas de seda que custam o mesmo que o que eu ganho num mês. E é mim que criticam e apontam por ser um contratado da função pública, ora vão bardamerda, cambada de capados, súcia de ramelosos!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

Sem comentários: