quinta-feira, setembro 30, 2010

FMI para ontem!

Ontem com ar grave e compungido, duas personagens desta opereta bufa chamada Portugal, vieram à televisão anunciar mais um corte a esmo nos mesmos do costume. No cômputo geral até sou dos que teve sorte, como tenho um salário que roça a indigência não serei afectado pelo corte, gramo claro está com o aumento do IVA e com mais 1% para a Caixa Geral de Aposentações.
O senhor primeiro dos Ministros, declarou, à laia de revelação bíblica, que chegou a altura de ele como político perceber que a coisa anda mesmo má e por conseguinte ser necessário este corte nos salários, abonos de família e por aí adiante. À cautela, e tal como anteriores doutos e sapientes gestores do desgoverno nacional, lá vem uma transferência de fundos para as pensões desta vez sacados à PT, Durão sacou salvo erro à Caixa Geral de Depósitos, este assalta a PT, como está claro de ver, a diferença entre uns e outros é a bem dizer nenhuma.
Por outro lado o senhor Ministro das Finanças desafia a oposição a dizer onde poderá cortar mais na despesa, certo como está que já fez tudo. Não sendo oposição a nada nem a ninguém deixo-lhe senhor ministro umas dicas.
1- Fim das despesas de representação, ajudas de custo, despesas de deslocação e outros subterfúgios para todos os agentes da administração central, regional e local que aufiram mais de 1500 Euros mensais.
2- Fim da distribuição a esmo de cartões de crédito, senhas de combustível, telemóveis, computadores e demais alcavalas para todos os agentes da administração central, regional e local que aufiram mais de 1500 Euros mensais.
3- Extinção imediato dos Governos Civis.
4- Colocar em prática o PRACE, coisa que o senhor ministro parece ter esquecido, extinguindo os institutos, fundações e outros cancros politico partidários que servem apenas para engordar o défice e a despesa, bem como para pagar favores plíticos, neste tipo de organismos que não servem para nada se colocam os filhos, sobrinhos e conhecidos de todos os senhores importantes de todos os partidos.
5- Acabar com a vergonhosa Lei de Financiamento dos partidos.
6- Vender os submarinos que não servem para nada excepto para gastar dinheiro e não são como diz a mentira propalada até à exaustão, elemento de dissuasão de coisa nenhuma.
7- Diminuir o número de deputados e instituir os círculos uninominais.
8- Diminuir o número de representações diplomáticas e pessoal das mesmas.
9- Cortar os apoios a PALOPS e outras cretinices do género, pobres somos nós e cada vez estamos pior.
10- Taxar a banca e os grandes grupos económicos pelo real valor dos seus ganhos, tal como faz com os pobres diabos que ganham ordenados de miséria.

Ora diga lá senhor ministro, dez locais onde cortar, e foi apenas de memória, imagine o que não pode fazer alguém com dados mais concretos. Não minta pois ao país senhor Ministro das Finanças.
Depois da diarreia verbal de ontem, não restam dúvidas de que o FMI, deveria ter vindo em 1990, teria evitado muita trampa, que esta corja tem andado a fazer, transformando esta terra na choldra que é. Quem tem medo do FMI? Eu não, assim como assim já estou atascado até às orelhas.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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