Neste reino do disparate, em que o absurdo, é real e em que por mais disparatadas e absurdas que pareçam as situações é mais que certo que ainda acontecerá algo pior, os casos e os escândalos, são o dia a dia da malta.
Não que existam mais, que anteriormente, a malta começa a estar mais atenta, e caso estivesse ainda mais atenta e participativa, esta Corja iria toda varrida a tiro, mas como isto por cá, são meia dúzia de homens e o resto carneirada capada, ficamos assim.
O recente caso, dos submarinos, protagonizado por muitos figurões de estado, e outros menos conhecidos ilustra bem a qualidade dos políticos travestidos em governantes, que vamos tendo por cá, na altura do pomposo anúncio da compra dos submarinos, não deixei de criticar vivamente a decisão, afinal, e não estranho, a coisa foi ainda pior.
Portas, esteve para a defesa como uma sela está para os costados de um toiro bravo, ou seja, não assenta, quem escolheu Portas para ser ministro da Defesa e dos Assuntos do Mar, ainda hoje me rio com a cara que o outro fez quando soube que era ministro do mar, dizia eu, que quem escolheu Portas para ministro da defesa, deve com toda a certeza sofrer de uma destas doenças, estupidez, burrice ou miopia, pessoalmente acredito que seja a última a hipótese mais correcta.
O senhor que era primeiro-ministro da altura, que interrompeu essas funções para ser mordomo da cimeira dos Açores, onde serviu uns excelentes cafés, tendo depois fugido para a Europa, para ocupar novamente um cargo do tipo mordomo, esse senhor, quer-me parecer que não mediu bem as consequências de colocar Portas na pasta da Defesa, por o não ter feito, temos hoje como dado concreto que o consulado de Portas foi um nunca mais acabar de patadas na poça, terminando com as sessenta e tal mil fotocópias pagas como meu dinheiro que levou para casa. Dificilmente alguém tem um percurso, mais enfastiante, ruinoso e completamente débil, como este Portas submarinista teve, no ministério da Defesa.
Prova de tudo isto que acabo de afirmar é esta negociata dos submarinos, que continuo a afirmar não nos fazerem falta absolutamente nenhuma, nem em termos estratégicos, nem noutros quaisquer termos que nos queiram fazer engolir, apesar de diversos ditos “especialistas” na matéria, eminências ligadas ao meio marítimo militar terem feito uma grande campanha a favor de tais sistemas de armas. O que fica provado mais uma vez é que os decisores políticos, neste caso ministro da pasta e primeiro-ministro da altura, não percebendo patavina do assunto, embarcaram na viagem, acolitados por assessores e assessores dos assessores, que ao que parece estavam era interessados em defender as algibeiras fundas das assessorias e pouco mais.
Este episódio é revelador de duas coisas, a primeira é a falta de qualidade técnica de quem nos governa, a segunda é a completa desorientação que preside às opções estratégicas destas governos que nos calham em sorte, e quanto a isso estamos conversados.
Um abraço deste vosso amigo
Barão da Tróia
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