Ontem à noite a TVI, passou uma excelente reportagem sobre a realidade do ensino especial e a tal inclusão, termo que abomino, em Portugal e o que se mostrou foi vergonhoso. A jornalista responsável pelo trabalho, de sua graça Ana Leal, conhece muito bem esse mundo e está de parabéns por essa reportagem, que mesmo assim foi só um breve e fugidio retrato da atroz realidade dessa coisa inenarrável que se chama Ensino Especial.
Vamos então por partes, como já escrevi aqui neste bloguelho, por diversas vezes, o Ensino Especial, cá no jardim à beira mar plantado é para ser simpático, uma das maiores intrujices de sempre. Porque atentem, se a Educação em geral atingiu o estado de miserabilismo subserviente a que assistimos diariamente, imaginem como não estará um ramo do ensino que não se compadece com continhas de merceeiro de aldeola de província e muito menos com burocratices, de mangas-de-alpaca que nunca saíram dos gabinetes de ar condicionado nem nunca largam os motoristas e assessores.
Na reportagem, viram-se coisas de bradar aos céus, que ao contrário do que se possa imaginar são muito comuns, e atenção que as escolas filmadas foram as escolas modelo, assim consideradas por um ministério que atendendo às evasivas respostas do secretário de estado escalado para responder, nem conhece o que se passa, mas adiante.
O calvário relatado foi o normal, falta tudo! Professores, auxiliares, condições materiais e por aí adiante, falta dinheiro, transportes e demais necessidades que não são luxo, são necessidades imperiosas quando se trata deste tipo especial de crianças, professores que compram com o dinheiro do seu bolso os materiais, para poderem fazer o trabalho que lhes é exigido pelo tal ministério, pais que desesperam e situações verdadeiramente escandalosas, de falta atroz de responsabilidade política e de bom senso.
O que nos leva à inclusão, essa coisa do politicamente correcto que pretende colocar deficientes profundos em salas de aulas normais, uma burrice de todo o tamanho, impraticável e completamente estapafúrdia, pois não irá ajudar ninguém, porque para além do mais faltam os meios e a preparação faltam as condições, sobram as ideias imbecis, a inclusão não se faz como se está a tentar, a inclusão não se institui por Lei, a inclusão só deverá ser feita se for uma mais valia para ao aluno deficiente e para os outros, a inclusão a continuar como vai será coisa para dar como já é hábito por cá com os burros na água.
O senhor secretário de estado, apareceu a responder, às perguntas da jornalista, com um evidente mal-estar, má disposição, com respostas a roçar a mais completa falta de educação, claro, atabalhoado, sem perceber do que se falava, ou seja representou muito bem o seu ministério, deu uma excelente imagem daquilo que é a Educação em Portugal.
Aquela reportagem, espelhou muito bem a mentira, que é a coisa pomposa chamada Ensino Especial, uma mentira que este país propaga há vários anos, não é só o actual governo, foram todos os governos dos últimos 20 anos, essa corja que continua no pedestal, em grandes cargos e com grandes ordenados, todos igualmente culpados, aos deficientes, aos pais, aos professores, aos auxiliares e a todos os que se preocupam com essas pobres crianças, resta continuar a lutar e a ter esperança num amanhã melhor, que lhes traga menos mentira, menos corrupção, menos impostores, menos politiqueiros medíocres e mais gente de bom senso. Esperemos!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
1 comentário:
vergonhoso. é mm o termo ideal p descrever esta situação... ja deixei d ter kk esperança no país... so corrupção e mentiras atraas d mentiras...uma tristeza..
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