terça-feira, agosto 02, 2011

A propósito de Anders Behring Breivik!

A propósito de Anders Behring Breivik, o rapaz pacato de extrema-direita, e das suas horríveis tropelias, muito tem vindo a público, muito se tem escrito. Num destes dias um artigo muito lúcido, publicado num jornal diário chamava a atenção para a responsabilidade que os políticos têm para com o ressurgir de fenómenos como este de Breivik, bem como para a guinada que os cidadãos europeus deram ao encontro dos partidos nacionalistas e de extrema-direita.
Actualmente vivemos numa Europa que, está em plena mudança, e disso não temos dúvidas, uma Europa passiva e mole onde todas as culturas cabem e onde todas as culturas parecem ser mais importantes do que as dos indígenas europeus, que a passo largo caminham para posições minoritárias. O que falhou?
Falharam as politicas de emigração, claramente, ao empurrarem muita gente para a delinquência e para a indigência, falhou a solidariedade europeia, que não se traduz em ajudar os que mais precisam, a Europa tem um problema grave nas suas fronteiras que são os ciganos, que fazer quando não se integram nem se deixam integrar, segregar também não é a solução, então como fazer?
A Europa enquanto entidade politica tem falhado redondamente em dar resposta a estas questões, a islamofobia latente, é disso um preciso exemplo, os europeus não islâmicos precisam de conhecer o Islão e os muçulmanos precisam de entender que se vem para a Europa é para na medida do possível, serem europeus, «Em Roma sê romano», esse velho adágio tem de pautar as nossas vidas, na Europa as politicas têm sido demasiadamente permissivas abrindo caminho a males complexos como seja a radicalização islamita e a radicalização da extrema-direita racista, o politicamente correcto tem estragado tudo, pois não só não consegue serenar e amenizar as coisas como tem servido para acicatar os ódios, o caminho correcto está algures no meio, ou seja a Europa não pode abdicar das suas matrizes culturais, por outro lado compromete-se a defender a liberdade religiosa, sem no entanto permitir, práticas que ponham em causa os princípios culturais da Europa, mesmo que essas práticas sejam reclamadas como sendo culturais, facto que tem servido para propagar todo o tipo de barbaridades.
A Europa não é uma sociedade perfeita nem homogénea, muito longe disso, no entanto tem de perseguir esses objectivos, quando pelo menos conseguirem ser uma sociedade homogénea, os europeus terão dado um grande passo no sentido da tolerância. O esforço será de educação, de perceber o outro, cedências terão de ser feitas de parte a parte, nós os portugueses somos disso um exemplo que o mundo poderia estudar, nos portugueses somos os mestres mundiais da plena integração sem nunca perdermos a nossa matriz cultural identitária, é muito interessante ver um jovem de 16 anos, 5ª geração de portugueses radicados nos Estados Unidos, não fala muito português, mas chora a ouvir o hino e quando cantam o fado, adora bacalhau e futebol, isto será a cultura portuguesa? Não, não se reduz a isto, mas é interessante ver que estes ténues laços lhe servem para não perder contacto com as suas já antigas origens, apesar de ser um jovem tipicamente americano, e é nesta apropriação de pequenos nadas culturais que nós portugueses somos mestres, poderiam estudar-nos para perceber como melhor perceber outro e se integrarem nas suas sociedades.Tolerar, compreender mas não cegamente, acho que é esse o segredo.

Um abraço, deste vosso amigos
Barão da Tróia

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