segunda-feira, dezembro 13, 2010

Porugal da impunidade

Portugal vive mais um dos seus costumeiros maus momentos, ao longo destes quase novecentos anos que levamos como país, a nossa história tem sido particularmente pródiga em broncas, burrices e barracadas, actualmente vivemos um desses períodos.
A juntar à sacrossanta crise, junta-se a impunidade. Os vigaristas, os ladrões, os galfarros, os pilha-galinhas, os assassinos e todo género de ineptos bandalhos vivem na maior das impunidades, este país poderia até trocar de nome, passar a ser conhecido como Bandalhal ao invés de Portugal, porque é nisto que estamos realmente transformados, numa das mais ruinosas e despesistas bandalheiras do hemisfério ocidental.
A impunidade é tanta que os ladrões já nem se dão ao trabalho de tapar o rosto, longe vão os tempos dos bandos de facínoras de cara tapada. A impunidade é tanta, que os ladrões já nem se dão ao trabalho de roubar de noite, agora rouba-se a qualquer hora, ou seja a roubalheira já não tem horário, é uma actividade liberal como outra qualquer, em calhando, alguns até descontam para a segurança social.
A impunidade é tanta, que os bandalhos do colarinho branco, e é vê-los todos os dias ufanos e velidos, nos ecrãs televisivos arreados de belas fatiotas de seda e gravatas da mesma igualha, todos ostentando o sobre título do Doutor, não havendo porém notícia de se terem doutorado em coisa nenhum, alguns nem curso superior possuem, apenas têm um dom, sabem desviar, sem roubar, sabem apropriar-se sem sonegar, sabem encher as algibeiras sem esburgar, pior sabem perfeitamente aproveitar as malhas largas das leis que eles mesmos aprovaram, para nunca serem postos à sombra.
A impunidade, com que neste país se rouba mata e esfola, é uma vergonha para um suposto estado de direito, é uma vergonha para uma democracia parlamentar, bem pode o senhor ministro da Administração Interna, gritar aos lobos, alardeando esta ou aquela medida salobra e ineficaz. Portugal é um antro de bandalhos, Portugal é um país à deriva, onde não há Justiça!
Um abraço deste vosso amigo
Barão da Tróia

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