segunda-feira, julho 12, 2010

Benvindos ao Bandalhal

Vivemos num país de bandalhos! Única e inquestionável verdade, desta terra de incríveis e inauditas histórias, contos e poemas sobre bandalhos. E leitores e leitoras caríssimos ele os há de todos os feitos, credos e raças, capazes de todo o tipo de bandalheiras, que nos transformam numa verdadeira e cómica bandalhocracia.
Os bandalhos de gravata e colarinho branco, abundam em ambientes protegidos por ares condicionados, entre recepções, vernisages e pantagruélicos bufets, gostam de presumir sofisticação, usam palavras muito caras, gostam de dizer coisas importantes sobre as suas opiniões pessoais, como se não fossem todas, estão sempre a ir de encontro às opiniões de outros papa-açordas da sua igualha, dão-se bem com o poder, as suas famílias ocupam à vez os vários poleiros há incontáveis gerações, fazem leis e protegem-se uns aos outros, ora da situação ou na oposição, os seus fedelhos os Martin e os qualquer coisa Maria, as Sanchas e as Franciscas, seguem as pisadas dos papás e são quase tão irritantes como os mais velhos, as bandalhas mulheres destes bandalhos adoram as revistas da moda e partilham um problema de casta, o problema dos adenóides.
Os bandalhos da classe média, irritados com a bandalheira da alta olham para cima com inveja e desdém, aqui e além copiando os trejeitos e as idas a Vilamoura, para passear na sua marina sem barcos, porque sem meios aspiram ao engrandecimento e à ascensão social, por isso fogem aos impostos sempre que podem, fazem todas as matrafias para escapar à longa mão do fisco, odeiam o Estado que os massacra e os faz pagar toda a bandalheira em que habitam, vivem o sonho dos carneiros capados infelizes, seguindo alegremente os fazedores de opinião e todas as tendências alternativas da moda de massas, que por demais alternativas os tornam todos iguais, demasiado iguais. Contentes com a sua sorte, adoram fazer vénias aos chefes bandalhos, entopem a administração pública central e autárquica em empregos talhados para a sua fraca inteligência e pior capacidade.
Os bandalhos étnicos, são os mais inteligentes, a coberto de pseudo-diferenças étnicas que subsidiam a sua imbecilidade cultural, arranjam maneiras de ter subsídios para tudo, excepto para trabalhar, porque trabalhar não é para eles arranjam maneiras mais lúdicas de passar o tempo, tiroteios em plena rua, roubos, assassinatos tráfico de drogas, enfim uma vida preenchida de bandalhices, patrocinadas pela subsídiocracia da bandalheira, os seus bairros de casas à borla, exibem o ar de estábulos, habitados que são por animais, que o são verdadeiramente no trato e na vida diária, portam-se como macacos, zaragateiam como hienas, reproduzem-se como ratazanas e falam como gralhas aos berros, com vozes toldadas pelo bagaço de bêbados energúmenos e desocupados.
Eis o fiel retrato deste bandalhal que se chama Portugal, vegetamos por cá, vergados ao peso das cadeias fiscais e outras que tais alimentando as sanguessugas que se alimentem do nosso suor e sangue, depositando a nossa confiança a cada quatro anos nuns bandalhos que nos enganam e roubam a seu bel-prazer, somos uns carneiros capados, resignados a servir de capacho a todos os bandalhos que desejem aqui chegar e pôr-se a pedinchar.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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