Sempre achei curiosos os nomes que a pobre malta da investigação dá às pseudo operações que prometem fazer cair o mundo, bem pelo menos tremer o nosso mundinho, acho fantástica a imaginação daqueles camaradas, em especial porque é a única coisa que lhes resta, a imaginação, já que a investigação, vai por norma irremediavelmente pelo cano abaixo, o que parece querer significar que a investigação criminal portuguesa está cheia de inspectores Clouseau, não há um único Holmes.
A magistratura porém parece ser feudo de Einsteines, tal é sapiência, omnisciência e iluminação suprema que os meritíssimos e as meritíssimas figuras, colocam nos seus acórdãos, facto aliás bem visível nas anedóticas sentenças que por cá são proferidas. Esta observação de um leigo, que jamais ousará tocar rabecão, ficando-se pela cosedura da sola, observação empírica e que leva à opinião de que existe um excesso da qualidade nos juízes e um défice na mesma nos polícias, o que me leva a perguntar, será?
Acho porém estranho, dado que as nossas pseudo autoridades, se desunham em elogios, em exaltações mais ou menos patrioteiras, excepto no caso Maddie, já agora curioso o arquivamento do caso Freeport em Inglaterra, andando, dizia eu que com excepção do caso Maddie, em que aparentemente a investigar esse caso, foram colocados os piores entre os péssimos, as autoridades portuguesas clamam aos oito ventos que a nossa polícia de investigação está entre as melhores do mundo, que têm plena confiança nessa rapaziada, que são mesmo bons, como ouvi da boca de um politiqueiro de quinta categoria há uns tempos.
Então como se explica que gente tão boa e tão dotada não consiga nunca, produzir suficiente prova para engaiolar a bandidagem que ocupa esses muitos lugares de poder e próximos ao poder, até porque não pensem que Godinho é único da espécie, há por aí umas centenas de Godinhos, alias em cada português existe, infelizmente, um potencial Godinho, esse homem tornou-se o paradigma de todo um povo. Como explicar então que tais sumidades investigatórias, no dizer dos politiqueiros, sejam de uma incúria e inépcia tão gritante, existira aqui alguma farsa oculta.
Do ponto de vista do Zé-povinho, esse mal amado, burro de carga da elite e da escumalha. O que salta à vista é que tudo isto é realmente uma farsa, uma grande e orquestrada farsa, onde o faz de conta, se apoderou de um país que mantém prisioneiro, onde nós desempenhamos o papel de tristes títeres, a fazer de conta que acreditamos que isto é um país. Onde um fato uma gravata e um Dr. valem mais que tudo, onde o bem-falante aldrabão leva sempre a melhor sobre o mal vestido, mesmo que fale bem, onde a parvoíce, a estultice e a burrice fazem profissão de fé e jurisprudência para a perpetuação da cavalgadurice ínclita destas egrégias aves raras, levando os parolos a marchar contra os canhões, arredados da realidade, brigando e consumindo-se em festivaleiras actividades de empurra bolas e outras abstrusidades, que nos conduzem ao abismo da suprema imbecilocracia, que de facto somos.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
1 comentário:
Há muito tempo que não vinha até aqui... e parece que tenho perdidom mita coisa interessante.
Gostei da inspiração. E como este é um tema sobre o qual ainda não tive tempo de escrever (nem paciência para o analisar a fundo), vou citá-lo em Sociocracia.
Parece-me muito mais "decente" do que citar os "famosos" que dizem sempre as mesmas coisas mas que, aparentemente, nem eles ligam qo que dizem, ACERCA DESTA MATÉRIA; caso contrário já as coisas deveriam ter começado a mudar há muito tempo...
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