quarta-feira, maio 13, 2009

Labregada

Esta característica portuguesa do deixa andar, do dizer que faz falta e quando há, não usar ou partir, sempre me fez confusão. Na nossa essência somos uma sociedade de labregos. A nossa labreguice detectamo-la, em pequenos nadas, que todos juntos justificam a grande labregónia que é esta terra.
Relativamente próximo da minha casa, o município decidiu e bem investir num parque para estacionar os centos de carripanos que entulham as ruas desta terreola, não será um grande parque, mas leva cerca de setenta veículos, e é de borla, o que não é nada mau, no entanto, oh surpresa das surpresas, a grande maioria dos indígenas da zona teima em deixar a carreta a atafulhar a ruela.
Porquê? Porque é que esta gentinha sempre tão pronta a clamar, a ser do contra, a exigir, depois quando algo se faz, apresenta este tipo de comportamento. Mistério, este é com certeza um dos grandes mistérios do mundo animal, tragam a NGS e o Sir David Attenborough, para estudar este tipo de comportamentos.
Noutra zona perto dos restaurantes o município fez um parque de estacionamento enorme, que comporta umas largas centenas de veículos, no entanto a exígua rua frente à Praça de Toiros e até ao próximo cruzamento está permanentemente atafulhada de carripanas, o que dificulta o trânsito, de carros e peões, quando a menos de 10 metros existe um parque de estacionamento também gratuito, aonde espaço é o que não falta.
Escusado será falar mais uma vez do estacionamento em cima dos passeios, que por cá foi elevado à categoria de arte de bem chatear o próximo e dificultar-lhe a vida, escusado será falar dos lugares para deficientes que são muito poucos e que nos hipermercados cá do burgo estão sempre ocupados por outro tipo de deficientes, escusado será dizer que na sua grande maioria os meus conterrâneos são uma grande cáfila de indigentes intelectuais, sem regras de civismo e sem respeito por nada.
Esperemos melhoras!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

1 comentário:

jardinsdeLaura disse...

Meu caro Barão,
E porque não proibir o estacionamento nas proximidades dos tais parques? e completar a proibição com fortes multas... aprendiam num instante! Tanto para este caso como tb para o caso de estacionamento indevido em lugares determinados para deficientes, que acho ainda mais grave! Aqui (em Genebra)pessoa que ousasse esse tipo de comportamento não só ia pagar caro como ia sentir-se tão mal na sua pele que juro-lhe que perderia a vontade de repetir. Sim porque a forma como são olhados esse tipo de "deficientes" quase mata... e olhe que aqui a assistência aos deficientes é exemplar! Só que esse tipo de deficientes muito poucos toleram (talvez alguns exemplares saídos da mesma "cepa"!)! E até chegar o tal dia, em que todos percebam o que significa a palavra "respeito", desejo-lhe força e sobretudo paciência... muita paciência!