segunda-feira, junho 25, 2018

SOMOS TODOS CAPAZES!

A semana passada ficámos a saber que há para aí mais uma associação cujas contas alegadamente serão tudo menos sérias. Envolvida nesta trapalhada está mais uma cara conhecida, filha de um figurão do aparelho politiqueiro nacional.
Tudo gente seríssima, tudo gente do mais fino recorte, bandalho sou eu, aliás em todo Portugal, existem apenas meia dúzia de bandalhos vigaristas, sou eu e mais cinco, somos os únicos, os restantes dez milhões são tudo gente do mais honesto que há.
Ora, sucede que, ao que consta aí pelos circuitos da comunicação social, a gaiata filha do tal figurão, se meteu a presidenta de uma associação, daquelas que pululam por aí qual cogumelos, onde a rapaziada desocupada faz figura, para não dizerem que não fazem nada, são os “embaixadores” disto e mais daquilo, das criancinhas do Longistão ou dos gatinhos carecas da Tretonésia tanto faz, interessa é andar por lá, ir botando faladura, ter acesso à massa e ir aparecendo.
Dessas associações 90% vivem de subsídios do Estado, esta que está agora na berlinda, parece que tem as contas mal feitas, pois a tal “presidenta” alegadamente escondeu as continhas, com que fim não se sabe, seguramente com a melhor das intenções, segundo rezam então as crónicas as ditas contas vão agora ser fiscalizadas, para apurar os factos e inferir de algum procedimento criminal que seja tido por necessário para por fim à prevaricação.
Em Portugal somos todos muito capazes, somos bestialmente capazes de roubar, desviar, esburgar e sonegar os dinheiros do Erário público, por esse país fora, abundam, associações, disto, daquilo e daqueloutro, SAD’s, clubes e demais agremiações todas eivadas dos melhores princípios, que em última análise se dedicam a sugar a mama da vaca do Estado, esse mirrada e esquálida vaca, quase sempre assolada pela inanição.
Raríssimas são as vezes em que uma qualquer associação não encerra dentro de si uma qualquer vaidade falcata e medíocre que leva ao roubo descarada e à apropriação indevida de dinheiros públicos, para fins privados, nos tempos que correm raríssimas foram as vezes que fomos capazes de por termo a esta roubalheira.
A coberto das crianças, dos desportos, dos deficientes, das mulheres, dos cães, dos pastéis de nata ou até dos chinelos de praia, milhares de pessoas espalhadas por esse país, metem a mão naquilo que não é deles, não falo dos carteiristas que infestam Portugal em especial Lisboa, falo claro está desta súcia de nada raríssimas e mui capazes avantesmas vigaristas que anda no mundo associativo.
Muitas vezes nestas traficâncias, somos capazes de descortinar, os compadrios da politiquirice, as figurinhas da roubalheira estão quase sempre ligadas aos politiqueiros, esses nobres gestores da coisa pública e ainda mais capazes vigaristas.
Nem tudo porém é mau, haverá seguramente gente honesta, poucos, o mais são damas e cavalheiros capazes de num ápice fazer esfumar milhares de Euros, gente que promove associações de deficientes, que se servem dos deficientes para encher o bolso, com peditórios e subvenções, clubes de empurra bolas que devem milhões ao Estado e que o mesmo perdoa.
Não admira pois que eles e elas sejam não raríssimas vezes de serem capazes de roubar descaradamente os dinheiros públicos. Ainda pior é a participação política, pois parece que a roubalheira descarada está no ADN dos partidos do tal arco da governação, nenhum dos três pode sequer apontar o dedo aos outros, todos os três são a expressão mais miserável do clima de impunidade e vigarice corrupta que se instituiu neste país.
Ele há gente muito capaz neste país, são capazes de tudo, excepto de serem honestos!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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