sábado, maio 26, 2018

Faz de conta...

Hoje vou perder tempo para discorrer sobre gentalha medíocre. Vou discorrer sobre o recente infausto evento em que meia centena de infelizes, mentecaptos e vadios, invadiram as instalações de um conhecido clube de futebol, veneranda e digna de respeito, instituição, não sendo eu adepto dessa cor, conservo porém o respeito que é devido a instituições do quilate daquela que sofreu aquele acto miserável, perpetrado por uma inqualificável súcia de meliantes.
Mas vamos ao início. Não foi este vil acto, o primeiro do género, outras invasões, cometidas por outras manadas de energúmenos aconteceram, sob o beneplácito e, até por que não dize-lo, sob o chapéu do laxismo das autoridades, que não as polícias que parecem ser os únicos que ainda tentam lutar contra a impunidade.
Esta infeliz ocorrência nada têm que ver com o desporto, nem com o futebol, nem muito menos com o clube em que aconteceu, não, este infeliz evento, tem que ver somente com algo que temos vindo a ver crescer nesta última década, para não irmos mais atrás, que é a impunidade e o completo relaxe da autoridade de Estado que não existe sequer.
O Estado em que vivemos, sendo certo que todos dele fazemos parte, é infelizmente um antro medíocre de gente miserável e intelectualmente incapaz, coito de biltres, de pulhas, de ladrões, de vigaristas e de miseráveis, tendência essa que nesta última década se tem agudizado. A coisa começa desde a mais tenra idade nos bancos da escola, existe em Portugal uma cultura de impunidade, que começa nas escolas, singrando depois pela sociedade acima, os exemplos desse miserabilismo cultural, social e de valores, são imensos, começam logo pelas elites dirigentes, pelos políticos e governantes.
Desse modo, munidos desses excelentes exemplos, as nossas crianças desde muito cedo sabem que são impunes, desde cedo que vêem outros ficar impunes, mercê de pretensas diferenças étnicas, sociais, geográficas e ou de outras miseráveis desculpas, desde cedo que a única coisa que verdadeiramente lhes ensinamos é a impunidade, a mediocridade o pouco valor do trabalho e do conhecimento, desde cedo assistem aos polícias, aos médicos ou aos professores espancados pela ralé asquerosa que engorda mercê do parasitismo social, sem que isso lhes traga qualquer incómodo.
Daí que não me espante que às cinco da tarde de um dia de semana, dia de trabalho, meia centena de brutos, tenha tempo de andar em manada para ir bater em jogadores de futebol, porque estes perderam um jogo, esta gentalha faz o quê? Vive de quê? Não trabalham? Não terão mais e melhores objectivos com que ocupar as suas medíocres existências? Pois parece que não.
Estes seres ignorantes, são o produto deste Estado sem Autoridade, são os filhos deste paraíso da impunidade a que chamamos Portugal, este Estado quase falhado, que só o não é, verdadeiramente, ainda porque como disse, e muito bem, sua excelência o senhor presidente da república…os portugueses gostam muito de fazer de conta…, obrigado senhor presidente por também concordar com aquilo que já escrevi centenas de vezes, Portugal é o reino do faz de conta, nunca passámos disso, não passamos disso nem nunca iremos mais além, somos uma espécie de ilha da fantasia, mas real.
O ataque daquela gentalha medíocre mais as declarações de um dirigente desportivo, criatura digna da piedade de todos nós, que quer processar meio mundo, são circunstâncias reveladoras do caminho que este antro da mediocridade tomou, criámos uma geração de bebés arrogantes, de fedelhos birrentos que desconhecem o significado da palavra respeito, que não sabem tolerar a frustração, que depois de fazerem asneira escondem as caras, trampa cobarde que são, não estando portanto preparados para serem considerados pessoas, infelizmente fossem estes os únicos, estaríamos bem, infelizmente temos récuas de gentalha deste calibre, gente a quem tudo se lhes permite, pelas mais variadas e imbecis razões, porque são brancos, porque são azuis, porque tem a mania que são diferentes, a nossa sociedade está infelizmente prisioneira deste lixo, o pior é que uma grande fatia dessa sociedade é parte integrante desse rebotalho de fedelhos birrentos, inconsequentes, irresponsáveis, medíocres e miseráveis.
Mais, de novo uma declaração sua excelência o senhor presidente da república, com a qual concordo, que já por várias vezes abordei noutros escritos…Portugal não pode ser um país onde metade se rege por princípios da Democracia e a outra metade não… Concordo inteiramente, no entanto é precisamente isso que acontece, talvez até mais de metade do país, não sabe nem sonha sequer o que é Democracia, para essa infeliz maioria, a Democracia é viver sem trabalhar, impunes, viver sem pagar impostos, impunes, viver só com Direitos esquecendo os Deveres, impunes, roubar, traficar, viver de esquemas, impunes, ter casas à borla, impunes parasitas de um Estado que cultiva esta impunidade.
No entanto ao ver as declarações quer de sua excelência o senhor presidente da república, quer do senhor presidente da assembleia da república apetece-me assim num repente perguntar a ambos, onde têm andando esta última década? Têm vivido onde? Como é que se podem agora espantar com algo, que não é novo, algo que graças às vossa políticas torpes, à nossa incúria e a uma sociedade miserável, tinha anunciada a ocorrência, algo que já se tinha passado, que se passou novamente e que se irá seguramente passar, por causa da mais absoluta impunidade que grassa neste faz de conta que… é um país.
Termino com uma frase proferida por um sábio de nome Albert Einstein, que assenta aqui como uma luva; “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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