Na terra dos bois mansos,
capados,
os polícias por trabalhar,
vão condenados.
Os ministros tecem loas aos
aldrabões,
e os lorpas ainda neles votam
nas eleições.
Hoje
comecei com uma quadra à guisa do bom Aleixo, perdoem, se aos calcanhares do
dito não chego, mas para poeta não presto, e olhando para a poesia de hoje,
melhor que seja assim, pois por aí todo o bicho careta escreve trampa sem fim.
Portugal
foi sempre um país de gente desavergonhada. Gente miserável e trapaceira, assim
foram às “descobertas” de coisas que já lá estavam, e na trapaça, levam no bico
as gentes atrasadas, trocando missangas por oiro, com que depois enchiam a
pança dos usuários do Norte da Europa, vejam lá o quanto mudámos em seis centos
de anos.
Ainda
assim, fiquei estarrecido com o senhor Coelho e os seus encómios a Dias
Loureiro. Bem demonstrado fica que a sem vergonhice é um estado natural neste
Estado de Portugal, pior é que gente pretensamente inteligente aplaude e acena
com a cauda a cada ordem do dono, incapazes de utilizarem os miolos formatados,
para escaparem às armadilhas da velhacaria. Enoja-me tal gente!
Sua
excelência da República o Presidente, diz que o “Mar” é o seu sonho, curioso
esse sonho vindo de quem o vendeu por alcatrão, de quem destruiu as pescas a
troco de festas, de quem trocou a sardinha por biqueirão, curioso sonho de quem
arruinou em primeiro e que deu o mote que todos os demais até agora glosaram.
Enoja-me tal gente!
Já o
enorme Luis Vaz escrevia “O fraco rei faz fraca a forte gente”, e com tanta
razão, que nunca passaríamos além das Berlengas, acaso a trampa que hoje
desgoverna, houvesse naquele tempo. O tempo hoje é de bandalhos e vigaristas, o
tempo é de trapaceiros e ladrões de velhacos e canastrões, é um tempo de
rebotalho, de gentalha da pior estirpe, sequer se a possuem, que não seja a da
mais abjecta e miserável condição. Enoja-me tal gente!
Um
país que vota nesta maralha, um país que elege indígenas desta igualha, mais
não merece que soçobrar, engolido pela peçonha e pelos medos do Inferno,
destruído até aos alicerces pelas infernais labaredas e coberto todo por sal do
grosso, para que nada aqui floresça por muitos séculos, não vá o Demo dar de
novo a esta terra mais desta trampa asquerosa que parece brotar debaixo de cada
pedra. Enoja-me esta gente!
Por
onde andarão os Homens deste ermo esquecido, por onde caminham os Egas, os
Albuquerques e os Mouzinhos, por onde sonham os cultores da honra, da decência
e da cultura. Fenecidos todos, quedaram-se as avantesmas insalubres e
ratoneiras atulhadas em merda até às orelhas, enredados em trapaças com bancos,
com submarinos com casas de praia, acções de bancos pulhas e empresas
engolidoras de subsídios europeus, com licenciaturas tiradas ao domingo.
Enoja-me esta gente!
Vil
e triste sorte que um país velho de quase mil anos, se veja nisto, depois de
quase cinquenta anos de uma ditadura de cretinos, afunda-se alegremente numa
democracia de ladrões e bandalhos, de inqualificáveis biltres e rematados
pulhas. Enoja-me esta gente!
Mas
a bem da nação se diga, que não merecemos mais!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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