domingo, maio 10, 2015

Na terra dos bois mansos!



Na terra dos bois mansos, capados,
os polícias por trabalhar, vão condenados.
Os ministros tecem loas aos aldrabões,
e os lorpas ainda neles votam nas eleições.

Hoje comecei com uma quadra à guisa do bom Aleixo, perdoem, se aos calcanhares do dito não chego, mas para poeta não presto, e olhando para a poesia de hoje, melhor que seja assim, pois por aí todo o bicho careta escreve trampa sem fim.
Portugal foi sempre um país de gente desavergonhada. Gente miserável e trapaceira, assim foram às “descobertas” de coisas que já lá estavam, e na trapaça, levam no bico as gentes atrasadas, trocando missangas por oiro, com que depois enchiam a pança dos usuários do Norte da Europa, vejam lá o quanto mudámos em seis centos de anos.
Ainda assim, fiquei estarrecido com o senhor Coelho e os seus encómios a Dias Loureiro. Bem demonstrado fica que a sem vergonhice é um estado natural neste Estado de Portugal, pior é que gente pretensamente inteligente aplaude e acena com a cauda a cada ordem do dono, incapazes de utilizarem os miolos formatados, para escaparem às armadilhas da velhacaria. Enoja-me tal gente!
Sua excelência da República o Presidente, diz que o “Mar” é o seu sonho, curioso esse sonho vindo de quem o vendeu por alcatrão, de quem destruiu as pescas a troco de festas, de quem trocou a sardinha por biqueirão, curioso sonho de quem arruinou em primeiro e que deu o mote que todos os demais até agora glosaram. Enoja-me tal gente!
Já o enorme Luis Vaz escrevia “O fraco rei faz fraca a forte gente”, e com tanta razão, que nunca passaríamos além das Berlengas, acaso a trampa que hoje desgoverna, houvesse naquele tempo. O tempo hoje é de bandalhos e vigaristas, o tempo é de trapaceiros e ladrões de velhacos e canastrões, é um tempo de rebotalho, de gentalha da pior estirpe, sequer se a possuem, que não seja a da mais abjecta e miserável condição. Enoja-me tal gente!
Um país que vota nesta maralha, um país que elege indígenas desta igualha, mais não merece que soçobrar, engolido pela peçonha e pelos medos do Inferno, destruído até aos alicerces pelas infernais labaredas e coberto todo por sal do grosso, para que nada aqui floresça por muitos séculos, não vá o Demo dar de novo a esta terra mais desta trampa asquerosa que parece brotar debaixo de cada pedra. Enoja-me esta gente!
Por onde andarão os Homens deste ermo esquecido, por onde caminham os Egas, os Albuquerques e os Mouzinhos, por onde sonham os cultores da honra, da decência e da cultura. Fenecidos todos, quedaram-se as avantesmas insalubres e ratoneiras atulhadas em merda até às orelhas, enredados em trapaças com bancos, com submarinos com casas de praia, acções de bancos pulhas e empresas engolidoras de subsídios europeus, com licenciaturas tiradas ao domingo. Enoja-me esta gente!
Vil e triste sorte que um país velho de quase mil anos, se veja nisto, depois de quase cinquenta anos de uma ditadura de cretinos, afunda-se alegremente numa democracia de ladrões e bandalhos, de inqualificáveis biltres e rematados pulhas. Enoja-me esta gente!
Mas a bem da nação se diga, que não merecemos mais!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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