Não consigo deixar
de me rir a bandeiras despregadas com as declarações alucinadas de algumas
personagens politiquieiras. Gostaria de saber em que país vive o senhor Portas
e o senhor Coelho, não é seguramente em Portugal.
Em Portugal, as
pessoas que vivem na precariedade, o que nos leva a os tema de hoje, o fado do
Precário. Pessoalmente sou versado nessa temática, desde 1988, que sou precário
e nunca ganhei mil Euros, há uns tempos fartei-me de rir com um jovem a
queixar-se deste país, porque é a geração dos “mil euristas”, jovens muito
formados e tal, que não ganham mais de mil Euros. Pobre miúdo, é triste chegar
aos trinta anos e ainda andar iludido com este país de anedota.
Actualmente é ainda
pior, porque o Precário, vive de favores, vive sem direitos, excepto pagar tudo
e mais alguma coisa, e se forem verificar, a administração pública, central e
local, vivem do esforço dos precários, dos recibos verdes, dessa grande massa
de deserdados do sistema, que vai desempenhando todas as funções e mais algumas,
por ordenados de miséria, e miserável é o país que deserda os seus melhores, um
país que coloca gente formada, cheia de competências a ser chefiada por
mentecaptos, desempenhando tarefas miseráveis em vãos de escada e marquises por
esse país fora, um país miserável que a uns obrigou a emigrar e a outros, os
coloca em condições de semi escravatura, ainda há tempos o ministro da
economia, essa luminária da finança, esse portento da gestão, se regozijava da
abertura de um Call-center não sei onde, no qual iriam trabalhar várias
centenas, destes escravos modernos os Precários. Um país que tem tais ministros
é um país miserável, um país que se resigna é um país miserável!
O Precário vive
sempre sobre a chantagem, vive angustiado sem saber se terá emprego no mês seguinte,
vive em sobressalto e não consegue ter verdadeiro descanso, o Precário é o
pobre diabo, que faz tudo, vítima da inveja alheia, porque tem trabalho, este
país chegou a um ponto onde até um trabalho miserável e mal pago é motivo de
inveja.
Por isso quando
oiço o senhor Portas, o senhor Coelho ou a senhora Albuquerque a ditar encómios
à saudável economia da nação, apetece vomitar-lhes em cima.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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