domingo, abril 01, 2012

Um história da pirataria!

Longe dos grandes ícones do século XV até ao século XVIII, longe de Black Beard, de Henry Morgan ou Kidd, longe do cinematográfico Captain Blood de Flynn dos anos 40, ou ainda mais longe de Tortuga a rebentar pelas costuras com os célebres irmãos da costa, ébrios de rum e espalhados pelo “Spanish Main” na mira das presas lentas carregadas dos oiros das Américas, a pirataria moderna continua viva e de boa saúde.

Actualmente existem várias zonas de actividade de notável actividade piratória, onde os sucessores do magnífico John Silver de Stevenson, se atravessam à proa das presas, não com as barbas com mechas a arder, mas com RPG’s e Kalashnikov prontos a rebentar as super estruturas de qualquer mercante que se lhes atravesse o rumo, do Corno de África ao estreito de Sumatra, eles por aí pululam, alias Portugal já enviou navios armados da nossa Armada de Guerra para ajudar ao combate dos piratas somalis, mas porquê ir tão longe?

O que é a negociata do BPN, senão uma das mais flagrantes e portentosas operações da moderna pirataria, uma vigarice, uma falcatrua incomensurável que envolve as elites politiqueiras do país, para quê portanto enviar navios armados para a longínqua Somália, quando aqui em Portugal os piratas andam às claras!

Nunca me cansarei de dizer que a negociata do BPN é uma vergonhosa e cara desonra para este país além de por a um canto o Freeport, que como é o ajuste de contas com Sócrates parece importar muito mais. Toda a operação do BPN, desde o seu nascimento, às suas operações, às velhaquices com as acções da SLN, onde pontua a figura seráfica do “gasolinas de Boliqueime”, até ao fim do próprio banco e a sua alienação a troco de nada, cheira a máfia, cheira a velhacaria a corrupção, cheira à ruinosa utilização dos dinheiros públicos, por parte dos mesmos que criaram o BPN, que o mantiveram, que o alienaram e que agora o compram, pois se cuidado tiverem de verificar aqui e ali, notam-se os mesmos nomes e ou os seus acólitos.

Em 2001, acabamos de pagar, os empréstimos das Guerras Liberais de 1830 e da bancarrota de 1896, as dívidas dos estados gerem-se, fazem-se acordos e vão-se pagando, no caso do BPN, daqui a 200 anos, quando alguém se interessar pelo assunto e descobrir a razão porque continuam a pagar esta velhacaria, dirão cobras e lagartos dos actuais carneiros capados que aqui vivem, que deixaram isto acontecer. O espírito de Drake e de Fuas Roupinho, continua vivo, os piratas andam hoje entre nós, não já se escondem em enseadas escuras, nem em ilhas desconhecidas, continuam a preferir a seda e as bebidas caras, mas hoje já não embarcam em aventuras marítimas, descobriram que roubar em terra é muito mais fácil e mais seguro.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

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