Termina a facécia conhecida como “Caso Portucale”. Termina fazendo jus ao seu nome, termina tal como está o país onde aconteceu. Para quem não sabe o caso Portucale remonta a 2005, com o abate de sobreiros na herdade da Vargem Fresca, em Benavente, para a construção de um projecto turístico-imobiliário da empresa Portucale, do Grupo Espírito Santo. Uma negociata típica dos meanddros da corrupção endémica deste país, envolvendo os actores típicos, políticos e politiqueiros mais os seus amigos banqueiros, por junto com autarcas e outro autocratas esclarecidos que enxameiam o triste panorama nacional.
Da velhacaria só se soube, porque o infeliz XVI Governo Constitucional de Portugal, liderado por essa figura patusca da polítiquice nacional Santana Lopes, foi empurrado para a queda, pelo então presidente da República, Jorge Sampaio. Soube-se de imediato a marosca, a trafulhice feita a trouxe-mouxe, onde a toque de caixa e com o fogo no rabo toda a papelada burocrática foi despachada em tempo recorde, mas, cagou-lhes o cão na carreira como sói dizer-se.
E para que conste em 31 de Maio de 2010 foram levados a julgamento onze arguidos: Abel Pinheiro, Carlos Calvário, José Manuel de Sousa e Luís Horta e Costa (estes três ligados ao Grupo Espírito Santo), António de Sousa Macedo (ex-diretor geral das Florestas), Manuel Rebelo (ex-membro da Direção Geral das Florestas), António Ferreira Gonçalves (ex-chefe do Núcleo Florestal do Ribatejo), Eunice Tinta, João Carvalho, Teresa Godinho e José António Valadas, claro que de fora ficaram os politiqueiros que assinaram os papeluchos, Nobre Guedes e Telmo Correia.
A galfarrice conseguiu parar-se, por enquanto, temo bem que, conhecido o já prevísivel desfecho do julgamento, a velhaquice arranque de novo e os sobreiros se vão para o galheiro, para dar lugar a mais um empreendimento para as elites trafulhas deste país.
Dizer que este desfecho é vergonhoso, fica longe da raiva que enquanto cidadão sinto desta trampa governeira que nos têm tocado em sorte, é por demais evidente que a corrupção nunca será erradicada deste país, enquanto persistirem esta erva daninha politica, que vive qual sanguessugas do trabalho dos pobres diabos que os engordam, cada derrapagem em obras públicas, como esquecer os milhões enterrados no CCB, na ponte Vasco da Gama, nos Estádios do Euro, na Ponte Europa, em autoestradas que mais valia estarem forradas a oiro velho, isto tudo dá-me asco, dão-me nojo estes vigaristas todos!
Um abraço deste vosso amigo
Barão da Tróia
Sem comentários:
Enviar um comentário