segunda-feira, outubro 03, 2011

Portugal e a cultura dos troika tintas!

Ouvi a propósito da entrevista de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, à TVI, um comentário soberbo, de um desses comentadores de serviço, confesso que não retive o nome da criatura, comentário esse que me deixou a rir, a bandeiras despregadas, disse o camarada que Sua Excelência o Senhor Presidente da República, tinha explicado muito bem a crise e que tinha desmistificado o papel da banca nessa crise, com óbvio branqueamento do relevante papel que esses sevandijas bancários tiveram neste novo dealbar da lusa bandalhocracia.
Nem a propósito uns dias depois, li um pequeno excerto de um artigo publicado no jornal suíço “Le Temps”, esse artigo era uma entrevista a Marc Faber, a quem chamaram «Doctor Doom», quando longe vinha ainda a queda do «subprime», e quando já ele alertava para isso, Faber é um guru da alta finança, além de professor na universidade de Zurique, não confundir com ser presidente de uma qualquer republicazita das bananas e de bananas à beira mar plantada, Faber declarou entre outras coisas interessantes, que se os bancos tiverem que falir, que vão há falência, não há nisso mal nenhum, desde que se protejam os interesses dos clientes, interessante opinião, completamente o oposto da sacrossanta pepineira debitada por Sua Excelência o Senhor Presidente da República, ora pergunto-me eu, em quem acreditar, em Marc Faber ou em Cavaco Silva?
A resposta é simples, será como ter de optar entre o olho do cu e a feira de Beja, sendo que Faber representa muito melhor a feira de Beja. Por outras palavras, Sua Excelência o Senhor Presidente da República, limitou-se a defender a banca ao invés de defender os cidadãos, Sua Excelência o Senhor Presidente da República, limitou-se a defender o governo do seu partido, ao invés de defender os cidadãos, Sua Excelência o Senhor Presidente da República, faria melhor, mais uma vez, ter ficado calado, ao invés de invectivar com um chorrilho de absurdidades.
Não há Portugal de estar na mais absoluta penúria, quando é gente desta categoria, que nos desgoverna há trinta anos, gente que tem no seu currículo coincidências admiráveis como comprar acções da SLN a preço da uva mijona para de seguida vender a preço de ouro, ou comprar uma casa que por mais uma notável coincidência está rodeada das casas de amigos administradores do BPN, ele há coincidências do Diacho, sempre lhes digo, para os papalvos que nelas fazem fé!
Em Portugal os bancos, promoveram, assessoraram e venderam a crise, através das negociatas e dos créditos a esmo, bem como as falcatruas e vigarices várias, toca-nos agora o do costume arcar com as consequências, de termos vivido acima das nossas possibilidades, mas não fui eu que construi o CCB, os milhares de inúteis quilómetros de auto-estrada, os estádios para as moscas, as pontes que custaram sempre o triplo, não fui eu que pedi dinheiro ao BPN e não paguei, não fui eu que comprei submarinos tão necessários como furúnculos nas nádegas de uma matrona, não fui que nomeei centos de amigos para as administrações das empresas públicas, não fui eu que desbaratei dinheiro em carros, em viagens, em cartões de crédito, em telefones, em ajudas disto e daquilo. Então porque raio sou eu que tenho de pagar essa porra toda!

Blog de Marc Faber!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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