sábado, fevereiro 19, 2011

Limitação dos ordenados dos gestores públicos!

Ontem ouvi com alguma atenção a entrevista que Louça deu na RTP2, para tentar perceber se aquilo que eu pensava sobre a moção do BE, se revelaria correcto. Revelou-se efectivamente correcto, a moção do BE, é uma acção inconsequente, que se destina a contabilizar ganhos ideológicos no campo da esquerda, antecipando o PCP, que se deixa fintar, mais alcance não tendo que isso.
Claro que a moção do BE provou algumas coisas, provou que o PP é um saco de demagogia, a proposta estapafúrdia do seu líder, declarando que qualquer moção contra Sócrates deveria ser votada favoravelmente, revela-se como todos sabíamos uma falácia, um torpedo dos submarinos que comprou. Provou que o PSD efectivamente não quer derrubar já o PS, por isso apenas falaram os zés-ninguém dos laranjas, Mendes, Santana, Pacheco e outros números ocos, ninguém do núcleo duro do PSD, falou, pelo menos com aquele ódio e violência inusitada, como se a apresentação de uma moção de censura fosse privilégio só de alguns.
Numa outra nota interessante, PS e PSD votaram contra a limitação dos salários babilónicos dos gestores públicos, acusando a proposta de demagógica e populista, o oficce boy laranja para as questões económicas gritou até quase arrepelar os cabelos esgrimindo argumentos mancos, contra esta proposta.
Agora sinceramente, respondam a uma simples pergunta, se pudessem escolher o vosso local de emprego, se pudessem escolher o ordenado, o tipo de telemóvel, carro e cartão de crédito iriam utilizar, deixariam que alguém vos dissesse que agora haveria um limite?
Claro que não, ficariam irritados, votariam contra, gritariam até arrepelarem os cabelos usando todo o tipo de argumentos cretinos e imbecis, porque teriam de manter a teta a correr, não poderiam de forma alguma matar a vaca, por muito esquálida que ela esteja. Pois foi isso que fizeram PS e PSD, mais uma prova da sua igualha, afinal os administradores públicos, são à vez maioritariamente ora de um ora de outro partido, assegurando aqueles lugarzitos porreiraços, onde se continua a ter protagonismo, a aparecer nos almoços, nas jantaradas e nas bebedeiras colectivas, sacando o triplo da massa que se recebia quando se era apenas ministro e ou deputado e não tendo um terço das dores de cabeça, isto meus amigos é o cerne da questão, o resto são balelas, nós temos uma classe política que existe para se servir e não para servir, existe para esbanjar e desbaratar, tal e qual com dizia o outro na cantiga do tempo da outra senhora, « eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada»!

Um abraço deste vosso amigo
Barão da Tróia

1 comentário:

Nuno Martins de Pina disse...

Completamente de acordo...só se perdem as que caiem no chão....