sexta-feira, janeiro 07, 2011

Mais um cavaco no BPN!

O caso BPN como era previsível espoletou uma série de explosões mais ou menos cretinas que apanham os putativos candidatos ao poleiro presidencial, para as margens da dúbia moralidade. No entanto não se pode crucificar Cavaco por ter comprado acções aos amiguinhos do BPN e da SLN, afinal aquele era um banco dos seus, um banco do PSD, onde pontuavam as figuras gradas da época afectas maioritariamente aos laranjas, mas também e isso ainda falta vir a lume aos camaradas do PS.
Daí a tentar colar Cavaco às falcatruíces do BPN é um passo arrojado, Cavaco é muito pouco temerário para entrar em esquemas, e a honestidade até ver, é sem dúvida um dos atributos que tem, muito honestamente não acredito que Cavaco tenha participado em nenhum esquema fraudulento. A única coisa que se lhe pode apontar, será eventualmente dizer-lhe que afinal toda a sua sapiência e experiência valem muito pouco porque o BPN, enganam meio mundo, a bem dizer nas barbas do tipo que diz que é muito experiente e sabedor, deixa portanto muito a desejar este candidato experiente e sapiente.
Da mesma forma que tentar arrastar Alegre para a lama por causa de um textozito de publicidade, não me parece muito honesto e isso vindo pela voz de um senhora deputada de um partido que, o CDS, que se enlameou no caso Portucale, nos submarinos e noutros que ainda se irão descobrir.
S e algo de bom advêm do caso do BPN é que hoje começa-se a perceber, porque é que o governo de Sócrates, se apressou a ir «salvar» o BPN, precisamente porque anda muito companheiro e muito camarada com o rabo lá preso, daí a pressa em tapar a trampa.
A campanha presidencial é uma estopada monumental, em que vai ganhar por margem mínima o menos incapaz, deixo-vos com uma excelente tirada do imortal António Sérgio que escrevendo ao amigo Raul Proença a propósito do seu descrédito na I República, notem que de então para cá bem pouco mudou! Dizia então António Sérgio.
«Temo bem que sem tirania não será possível meter na organização um país em que o governo, as classes dirigentes, são uma súcia de bandidos, charlatães e parasitas como entre nós».

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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