terça-feira, fevereiro 02, 2010

Orçamento deste Estado

2010 DC
Quiçá o Mundo revolve, gases dirão uns, problemas de vesícula dirão outros, facto é que o Mundo se convulsiona, entre a patetice da gripe A e a imundice da Al-Qaeda, o Mundo anda em bolandas com os milhões que se esfumaram, engolidos pelos mesmos banqueiros especuladores e lambisqueiros, que continuam a dirigir os tostões dos pobres, o Mundo todo está em expectativa e em contenção, o Mundo todo não, um pequeno país de irredutíveis campónios, plantado à beira-mar, resiste ao invasor, peço desculpa ao Goscinny e ao Uderzo, hoje como sempre orgulhosamente só, rodeado de inimigos tendo por única saída o mar, este pequeno país resiste, resiste sobretudo à sobriedade, à qualidade e ao uso da inteligência.
Há uns dias, este Governo, atirou cá para fora o seu Orçamento do seu Estado, ontem comemorou numa daquelas cerimónias da treta os cem dias de governação que afinal só se cumprem hoje, o que inevitavelmente dará azo a outra cerimoniazeca, que se arrastará para mais uma comezaina num daqueles sítios onde só o arrotar custa cem Euros, todo o orçamento, é ponderação, contenção e cortes, todo não, uma pequena fatia recebe um soberbo aumento que nalguns casos chega aos 300%, essa rubrica que escapa ao corte é a rubrica da despesa dos senhores Ministros, despesas com viagens, carros, hotéis, cartões de crédito, horas extraordinárias, combustíveis, telemóveis e outras ajudas de custo, com os senhores Ministros se presentearam a eles próprios num típico, faz com eu digo não faças como eu faço.
Os irredutíveis Ministros gastadores, resistem contra tudo e contra todos, assemelhando-se aqueles bandos de gafanhotos que se atiram às colheitas, ceifando tudo, numa orgia consumista, acabando por morrer de fome porque nada mais há para comer, a única diferença será, que neste caso quem morre de fome somos nós, porque os senhores Ministros, vivem num mundo à parte, num mundo deles, que vive de malbaratar milhões, precavendo-se sempre da fome, que só toca aos papalvos que trabalham e que vêem cortados todos os seus direitos, sem aumentos, com o custo de vida sempre a subir, com ordenados miseráveis e sempre a exigirem-nos mais e mais horas, muitas pagas em horas, como se pudéssemos pegar em duas horas e comprar um litro de leite e um pão.
Senhores mandões ide bardamerda!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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