segunda-feira, janeiro 26, 2009

Imbecis

A tal avaliação de professores foi de novo a votos, naquela coisa chamada Parlamento, em mais uma vergonhosa etapa deste ordálio chamado Educação, vergonhosa porque foi uma facécia de aproveitamento político, não que não devam suspender, direi mesmo extinguir esta imbecilidade chamada Processo de Avaliação de Professores, que no modelo “simplex”, prova para quem anda distraído que o que está em causa é uma medida simples de poupança e não a qualidade do exercício da docência, e muito menos a qualidade dos docentes, a avaliação é uma simples conta de merceeiro de bairro, que é ao tipo de gente a quem está entregue este país, mas atenção, poupamos só onde não atinge o nosso bolso, pois claro!
Mas vamos ao início, porque isto está tudo mal desde o início, comecemos pelas universidades que formam os futuros professores, o Estado, dá o aval a essas universidades para que tenham nos seus curriculos cursos “Via Ensino”, que supostamente formam professores, o Estado arrecada, impostos e prebendas, as Universidades propinas e os alunos acabados os cursos vêem esse mesmo Estado declarar abertamente a sua desconfiança em relação às competências das pessoas que as universidades às quais dá o seu aval, formam, esta é a primeira imbecilidade, deste Estado. Sim porque a tal “Via Ensino” não ensina ninguém a dar aulas, os pobres diabos que frequentam essas aulas e esses cursos são massacrados com cadeiras teóricas sem nexo que não servem para nada, não existe um minuto de Pedagogia, de funcionamento de administrativo de escolas, de psicologia de nada, existe um vasto curriculo de cretinices que formam bons investigadores, mas concerteza não forma professores. Esta é segunda das imbecilidades.
De seguida inventou-se um tal estágio, a que se chamou “profissionalização”, durante um ano lectivo, o pobre dianho que queira dar aulas, é “orientado” por um colega orientador que depois o avalia, esta é a primeira avaliação, tem sido esquecida, mas aqui já são avaliados, mal dirão uns, péssimamente digo eu, porque essa coisa da “profissionalização” é mais uma imbecilidade, sem pés nem cabeça, que não avalia porra nenhuma, e pior não ensina nada a ninguém. O que já é a quarta das imbecilidades.
Continuo certo, de que metade dos professores em todos os graus de ensino, estariam melhor noutra qualquer função, como professores são uma nulidade, culpa de quem, claro dum Estado que maltrata a Educação, que desbarata recursos e que não promove o conhecimento e a investigação, na quinta das imbecilidades. Nos anos 80, passaram a ser aceites como professores, todo e qualquer gato sapato que tivesse o 12º ano, foi o fartar vilanagem, engenheiros, arquitectos, advogados entre outras nulidades caíram n o ensino, porque havia falta terrível de professores, dos bons, ora na falta desses, entrou tudo, vinte anos mais tarde, mandaram-se esses para a rua, mas muitos ficaram, o mal estava feito, a imbecilidade foi-se perpetuando. Jardins-de-infância, escolas primárias, secundárias e Universidades, estão cheias de nulidades docentes, que entulham e atropelam a nobre arte de ensinar.
A grande inovação do método da Educação em Portugal é não existir método, ao invés de existir uma linha sequencial nos vários graus de ensino, não, cada um funciona em compartimento estanque, que só aqui e além apresenta pontos comuns, naquilo que é mais uma imbecilidade, não existe a menor preocupação com as crianças, com os alunos, que são o real objecto da Educação, a luta centra-se nas capelinhas, nos feudos de cada classe dentro da classe mais alargada, num exercício de estultíce pura, a tal união da classe, que parece existir nesta recente luta é mera miragem, o que tantos criticaram com a divisão imbecil entre “proessores titulares” e “só professores”, foi simplesmente, colocar em pé de lei uma norma não escrita que os próprios professores já promoviam entre si, vá-se lá saber por quê. Vejam por exemplo o caso dos senhores deputados e deputadas, que no dito “Parlamento”, defendem em antes os privilégios, do seu tacho, esquecendo a profissão, é que bem vistas as coisas, se se portarem bem sempre ficam par a apróxima e 8 anitos de parlamento são uma grande ajuda para a reforma.
Os professores precisam de ser avaliados? Sim sem dúvida! Precisam de ser avaliados para corrigirem vícios, para serem melhores profissionais, para que ser possam extirpar as nulidades que vegetam nas escolas, muitos havia, que agora já na reforma deveriam estar também no banco dos reus, culpados que são do descrédito que caiu a classe, mas a esses já não podemos chegar.
Os professores precisam de ser avaliados para serem melhores profissionais, para que possam ensinar mais e melhor, nunca para serem impedidos de progredir nas suas carreiras, nunca para tal como estão atulhados em banalidades burocráticas tenham de fazer directas sem dormir, conduzir 50 quilómetros e para estar duas horas com os alunos e cinco a tratar de papéis. Este Estado, imbecil, assassina o ensino público, gasta milhões a subvencionar o ensino privado, desbarata recursos, em escolas miseráveis, mal equipadas, troca de manuaias escolares por tudo e por nada, promove estatutos de aluno, que em nada beneficiam ninguém, incluíndo os alunos, ajudados por confederações de pais que pouco ajudam antes atrapalham, num estado de pura imbecilidade, num país de desiducação, onde a Escola, serve para cada vez menos.
O quotidiano, dá razão aos descrentes, a Educação, ensina pouco, os jovens já nem sentem falta da Educação, para não falar que até há uns a quem se paga para estarem na escola e que nem isso aproveitam.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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