quarta-feira, janeiro 14, 2009

Fait divers!

I
Nesta barafunda a que continuamos a insistir chamar um país, a esta farsa que chamamos Estado de Direito, só para alguns claro está, ficamos hoje a saber que o buraco do BPN ascende 1300 milhões de Euros! Como é possível um cataclismo destes, como é possível que tanta gente séria e respeitável acima de qualquer suspeita cometa tais esburgos, sem mais aquela, pior, como é possível que um Estado vá cobrir aquele autêntico buraco negro bancário, aplicando naquela cloaca o dinheiro de todos nós para salvar o que dificilmente terá salvação.
Quem será punido por mais esta imbecilidade económica? Como de costume ninguém, ou se alguém for dentro será por pouco tempo, até porque os milhõeszinhos já estão há muito em lugar seguro. E nós a pagar claro está!

II
Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, pessoa que me habituei a ouvir com agrado mesmo quando discordo em absoluto do que diz, aprecio o homem e a coragem da defesa das suas convicções, pessoa com quem me cruzei duas ou três vezes enquanto fui Escuteiro, proferiu umas declarações que subscrevo inteiramente, insuspeita é esta minha anuência pois como todos sabem sou completamente ateu, não perco um segundo com religiões, no entanto sempre gostei de José Policarpo pessoa, pela sua intransigente defesa do ser humano do respeito e civismo, as declarações que proferiu em relação aos Muçulmanos, são a mais pura e dura realidade, quer se queira quer não, e ponto final.

III
Portugal é um país, produto de alguma experiência diabólica, que junta várias qualidades humanas, leia-se defeitos, num só tipo humano, o Homo Lusitanus, essa criatura, labrega e boçal, que arrasta a sua boçalidade em actividades futeboleiras e festarolas báquicas, em que o objectivo primordial é entorpecer completamente os pequenos e mirrados cérebros, demolhados em álcoois, ensopados por coiratos e bifanas de barrasco espanhol a saber a mijo.
E é este fedor a urina, fezes e demais pestilências, que faz do cada vez mais ameaçado meio ambiente de uma terra que não há muitos anos era um ainda paraíso nesta Europa devastada, hoje muitos desses países há décadas despertos para os problemas ambientais foram a tempo salvar o pouco que lhes restava e tentam salvar e preservar o que ainda tem salvação, por cá é o contrário, caminhamos alegremente para a perdição, numa orgia de cimento e betão, fazendo lembrar os piores tempos do Cavaquismo neo-liberal, que veio desembocar a isto que temos agora.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

4 comentários:

O Micróbio II disse...

Ponto I: em solidariedade com o Oliveira e Costa, calo-me.
Ponto II: aplaudo a tua anuência!
Ponto III: comprovo que não foges muito de uma outra característica do "Homo Lusitanus": a dizer mal das coisinhas cá do burgo é que estamos bem!

Aragana disse...

Epá Oh Barão... sou agnóstica e também aplaudo o sinhor policarpo.

Jorge P. Guedes disse...

"Nenhuma obra é perfeita", mas podia...

Concordo com as palavras de D. policarpo no que respeita ao aviso às mulheres portuguesas de que o seu estatuto no mundo muçulmano é bem diferente do que estarão habituadas.
Devem, portanto, informar-se muito bem antes de um passo mais avançado.
Mas também afirmou que o diálogo com o mundo muçulmano é muito difícil. Sim, é verdade, mas esqueceu-se de que é a igreja de Roma que se toma por infalível há mais de um século (o dogma da infalibilidade do Papa está em vigor desde 1870!)
Aí, acho que falhou, embora não de forma premeditada.

Quanto aos outros apontamentos, concordo que o povo português é dos menos instruídos e bem educados que conheço e cuja principal característica é a inveja.
Depois, os governantes são o que se sabe...

Violenta a tua liguagem, por certo alicerçada no nojo que tudo isto mete.

Um abraço.

Anónimo disse...

Amigo Barão
Eu não concordo com o Policarpo.Não entendo que uma pessoa que não pode casar e procriar,pelo menos ás claras...venha falar em casamento , o mais vulgar e o unico aceite pela santa madre (dele):Homem e mulher.
Se o "artista" estivesse preocupado com os "outros casamentos"que vão abundando no seu (dele)reino então já fazia algum sentido.
Ainda estão latentes nas mentes destas gentes as fogueiras da inquisição,só que os tempos são outros.Não são grande coisa,mas são outros.

Um abraço