segunda-feira, novembro 26, 2007

As 61.893 páginas submarinas

No actual estado de indigência intelectual desta pobre Nação já nada nos deveria espantar, mas os nossos caros dirigentes politiqueiros não cessam de nos espantar, deste vez, tocou-nos em sorte, essa antiga maravilha da defesa nacional, o campeão dos desvalidos o Sebastião dos submarinos, também conhecido entre os seus detractores como papa feiras, o cavalheiro em causa que de quando em vez faz aquele ar grave e parcimonioso de quem parece ter algo de muito importante para dizer, desta vez rebentou com a escala da cretinice, ao que consta, ele até já confirmou, mandou fotocopiar documentos do ministério, nada mais, nada menos de 61893 páginas de papelada inútil ou talvez não que o dito cujo, afirma e jura a pés juntos ter pago do seu bolso, fiquem com o valor de referência de 0,05 cêntimos por impressão, valor que se pratica aqui na minha barraquinha laboral inclusive para os funcionários, terão o fantástico valor de 3094,65, sim leram bem TRÊS MIL EUROS* e mais uns trocos.

Ah, querem que eu acredite que o camarada pagou do seu bolso essa massa toda, por papéis sem relevância, por papéis dos seus discursos, têm-se em muita conta o senhor, por papéis irrelevantes, por ninharias, ao que consta outros ainda do mesmo táxi fizeram o mesmo, Luís Nobre Guedes, Telmo Correia, ex-ministro e Nuno Morais Sarmento.

O Guedes ainda percebo, pois ó se percebo, estou tão certo disso como certeza tenho de que os porcos comem bolota, isto se não arrancarem os sobreiros, o Sarmento, também percebo, o Telminho é que não me entre, então um ministro de um ministério quase fantasma, que ainda não tinha assente a poeira e já era corrido, em boa hora, que papeis é que a criatura tinha de copiar, isto é tudo uma grande macacada, mais uma, esta rapaziada deve achar que somos todos imbecis, infelizmente não, é só a maioria que é imbecil, a maioria que os elege, nós todos os outros que não somos parvos temos de os engolir.

Ao copiar os papeis o senhor ex-ministro, o senhor presidente do partido do táxi, incorre em dois erros graves, que queira copiar a porcaria dos papeluchos dos anos que foi presidente dos centreiros, tudo bem se eles deixam está no seu direito, fazer cópias de documentos oficiais de um Estado de um governo, no meu tempo era crime, está errado deontologicamente falando, claro que para isso é preciso ser dotado de escrúpulos de decência e de moral, coisa que me parece haver falta por esses lados, porque a existirem não fariam com que alguém gaste tanto dinheiro, em papeladas inúteis e sem importância segundo o próprio, num país onde existem DOIS MILHÕES DE SERES HUMANOS, viver com 0,80 cêntimos por dia, essa é que é a grande verdade.

É uma grande vergonha, uma miserável e sem pudor vergonha, que gente desta igualha ainda ande por aí a alardear facécias, nem sem razão devo confessar, que o homem até tem razão, mas queima-se mais uma vez, até porque há um ano ele era Estado, era ministro, que fez na altura para acelerar os pagamentos do Estado aos particulares seus fornecedores, que miséria de gente.

*Mesmo a 0,01 cêntimos a coisa seria cara

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

10 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Barão

Os homens estão a tirar fotocópias da papelada,para daqui a uns mesitos fazerem um livro o qual como o da Carolinazinha,vai dar origem a um grande filme nacional.O nome pode ser o mesmo CORRUPÇÃO.
Mas porque é que estes artistas todos, não foram dar uma volta de submarimo e um gajo qualquer tirava a rolha aquela merda....

Um abraço

Meg disse...

Não entendo nada... se os papeis eram dele por que os não levou?
Se não eram dele, por que os fotocopiou?
Afinal estava no Ministério a trabalhar para ele ou para o partido?
63.000 páginas não é muita página?
Porquê trabalho feito a horas pouco ortodoxas para se entrar num Ministério?
Como se diz lá para as minhas bandas... aqui há "milando".

Um abraço

Francis disse...

Bem, só posso dizer que o Portas nunca me desiludiu. sempre foi igual a sí próprio.

A papelada? Documentos importantes? Que tipo de documentação importante pode um estrupício destes guardar?!

Só se precisasse das folhas para enrolar castanhas para vender nas feiras.

De qualquer forma esta malta do clube do Taxi, é super-divertida; uma espécie de "Gato Fedorento" mas ainda com muito mais píada!!!

Anónimo disse...

Barão Barão , os DEMOCRATAS estão-se a salvaguardar para o futuro.
As FOTOCOPIAS é afinal em papel higiénico e são documentos que não teem valor algum para o País.
O CUSTO é irrevelante e se pelas tuas contas chega a tanto, admira-me mesmo que o TIPO tenha pago qualquer uma.
Um dia deste e como abril o disse, num amanhã sairá um Best assinádo pelo Submarino.
touaqui42

Capitão Merda disse...

Esse homem, salvo seja, devia ser preso!

Isa Maria disse...

esta saga ainda dará um filme, ou livro com aqui já alguém referiu. Pena é sair do nosso bolso.

jinhos meus

isamar em novo linK

www.falarparler.blogspot.com

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Mais um retrato do estado a que se chegou neste jardim... a afundar-se.


Se puderes passa pelo "Beja". As crianças agradecem.


Bom fim de semana

Um abraço

Carla disse...

A confusão dos papéis...
Beijos e boa semana

Anónimo disse...

Que carago!!!...pq tanto espanto??!!!..ora digam-me lá,qual o "papel" q neste País de Jardim à beira Mar plantado tem valor???..nem os das leis,q são conspurcados a seu bel prazer...ora..ora...este pelos menos assumiu na sua plenitude!!!leitora atenta!!!(maria)

Anónimo disse...

Esta questão dos documentos fotocopiados, dos submarinos encomendados, dos sobreiros arrancados e dos dinheiros entrados no partido daqueles que encomedaram os submarinos, fotocopiaram os documentos, e permitiram o arranque dos sobreiros, não levanta dúvidas, não; mais do que isso, induz certezas.

Certezas de coisa que são mais própris de países africanos, mas que também há cá.

Uma das piores dessas certezas não será a de que nada será investigado a sério (só a fingir)e que tudo ficará na mesma.

Há neste País um apartheid incolor, que não assenta na raça, mas no dinheiro, que divide das pessoas normais, aquelas que têm o benefício da impunidade.

É uma vergonha e é uma tristeza. Na terra em que os mesmos são sempre os mesmos.