quinta-feira, junho 01, 2006

A História Repete-se

Timor Lorosae, foi assim que nasceu um país que nunca existiu, cuja existência, está agora ameaçada pelos mesmos que lutaram pela sua independência do jugo do carrasco Indonésio. Recordam-se seguramente que nesses idos tempos, a Austrália, fez o papel de advogado do diabo, não se comprometendo até ter assegurado o negócio do petróleo, o amigo Americano manteve-se ao lado da Indonésia até a Austrália concluir as negociações e ficar com o petróleo Timorense, a partir desse momento, veio então a condenação da Indonésia e o abandono da mesma à sua sorte, a partir desse momento a independência de Timor era uma questão de tempo, como de facto foi.
O Timor Lorosae é uma amálgama de 15 ou 16 grupos étnicos e outras tantas línguas, o passado tem ainda um peso muito importante, pertencer a um determinado grupo étnico ou dentro desse a um determinado clã e a determinada região, implica ódios ancestrais, questiúnculas territoriais e total falta de espírito de país.
Os seus líderes mais mediáticos não são de todo, representantes do típico povo de Timor, Xanana é mestiço tal como Ramos Horta, Alkatiri é do Iémen. No entanto todos tem feito um esforço considerável para criar nos vários povos que habitam aquela parte da ilha, um espírito de identidade nacional, uma dessas tentativas foi o promulgar o Português como língua oficial a par do Tétum, que com o Bahasa Indonésio são uma espécie de línguas francas da população, no entanto esse espírito tarda em se manifestar, ou como dizia Almada, “ … que se manifesta não se manifestando…”.
O recente episódio que envolve militares oriundos de um grupo étnico de uma determinada região, mostrou quão periclitante é o equilíbrio, Timor Lorosae, está ainda muito longe de concretizar o sonho, velho de três décadas, ser um país independente, os velhos fantasmas que levaram à anexação pela Indonésia estão de novo a emergir, hoje não é a diferença ideológica, que em 75 separava a UDT da FRETILIN e lançou o país na guerra civil e propiciou o assalto dos indonésios com a conivência do sempre eterno Mr. Kissinger e do seu governo.
Hoje são as lutas tribais, dos anos de 1500 e 1600 que estão de volta, serão razões talvez mais mesquinhas, no entanto não menos perigosas e mortíferas, a GNR vai para Timor como paliativo de salvação, oxalá seja um bom método de aplacar a sede de violência de uma terra, que ainda sobrevive, entre a mais atroz pobreza e analfabetismo.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

4 comentários:

Crymynoso Compulsyvo disse...

Coitados dos timorenses. Se eu pudesse ajudar...Fica.

Politikus disse...

Achei piada ao anuncio do Governo em enviar GNR pata Timor... deviam era avisar o Zé Povo, que já tinham enviado 15 elementos dos GOE há 3 semanas...

A Sonhadora disse...

Olá bom dia,obrigada pela visita ao meu lugarito...
o problema de Timor, é o mesmo de todos os paises que têm petroleo...se fosse uma terra sem recursos nenhuns, não havia conflito...por detrás da guerrilha urbana, há outras forças interessadas na destabilização, para depois se armarem em salvadores da pátria...dos outros!
Um abraço e espero que tenhas um fim de semana muito alegre e bem tranquilo...

papoilasaltitante disse...

Ãi o Petróleo...o petróleo...
Bjs

P.S. paasa por cá pois