quarta-feira, maio 03, 2006

Uma no Cravo Outra na Ferradura

Estas comemorações da Revolução de Abril ficam marcadas pela polémica, alias polémica essa, de todo disparatada. Ao invés de nos centrarmos em coisas concretas, em reafirmar os valores de Abril, numa altura onde apesar de tão pouco tempo passado, tanta gente se esqueceu do “tempo da outra senhora”.
A questão principal girou em torno do “cravo”, do seu uso ou não. O cravo ficou como um símbolo da pseudo Revolução de Abril, é um símbolo da paz, um símbolo que calou as armas, é um símbolo do povo, pois foi o povo que o sancionou. Que uma certa esquerda trauliteira se tenha apropriado desse símbolo está errado, do mesmo modo está errado que uma certa direita mentecapta não faça uso desse símbolo, assim como assim com ou sem cravo Abril é um iniludível momento da nossa história contemporânea, que lançou as bases da nossa ainda incipiente Democracia.
Sua Excelência o Presidente da Republica arengou um discurso parecido consigo próprio, sem imaginação, cinzento e de pouco alcance, sem se comprometer falou aquelas coisas que ficam bem ao mais alto magistrado da Nação, coisas essas que enquanto governante nunca colocou em prática, mas adiante.
Falar de Abril é falar de esperança, é crer num país que por demais dolente tarda em se cumprir. É falar no esbater de desigualdades, é promover a educação como única arma de combater a exclusão a pobreza e estupidez militante deste povo.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

1 comentário:

Politikus disse...

Ainda gostava de perceber a hipocrisia do Estado comemorar uma coisa que não coloca em prática.... a liberdade.